Adriano Augusto da Costa Filho
O Vento que passa, passou e passará,
Num momento a tudo ultrapassará.
Qual Vento que num instante passa
Que noticia ao coração nos dará ? !
No tênue clarão da noite escura,
O Vento passa como tremula figura.
Lá fora o Vento seu som semeia
E lá dentro o nosso coração passeia !
Mesmo nas mais tristes noites,
O som do Vento é igual a açoites.
Sempre nos traz noticia triste
E nosso coração jamais resiste !
O Vento que passa nada nos diz,
Porque sonhos o coração sempre quis.
Se o Vento ao passar se calasse
Por certo o coração canções pedisse !
O Vento que passa, passou e passará,
Com certeza outro dia ele voltará.
E a Lua escondida na noite escura
Espia atrás de uma nuvem e sua abertura !
O Vento ri da própria desgraça,
Como nós rimos quando há chalaça.
Seu dilema é passar sempre correndo
Como na vida corremos sempre pensando !
Quando por entre nuvens acinzentadas,
O Vento passa em fortes rajadas.
Nada mais são como fortes manadas
De touros correndo em loucas touradas !
O Vento que passa sempre irá nos dar ,
A impressão que logo irá parar.
Mas seu regresso a qualquer instante
O seu temor é marcado em nosso semblante !
A nossa vida de lágrimas é banhada,
Mas, ela por Deus foi criada.
E por ordem Divina nunca cessará
Como o Vento que passa, passou e passará !!!
Casa do Poeta de São Paulo
Movimento Poético Nacional
Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores
Academia Virtual Poética do Brasil
Academia Poços-Caldense de Letras- M.G.
Ordem Nacional dos Escritores do Brasil
Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa/Portugal